Código: | MPE10015 | ||||||||||||||||||||||||||
Sigla: | SIP1 | ||||||||||||||||||||||||||
Secção/Departamento: | Ciências Sociais e Pedagogia | ||||||||||||||||||||||||||
Semestre/Trimestre: | Anual | ||||||||||||||||||||||||||
Cursos: |
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Nº de semanas letivas: | 15 | ||||||||||||||||||||||||||
Carga horária: |
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Responsável: |
Ana Luísa Rebelo de Oliveira Pires Luísa Manuela da Costa Ramos de Carvalho |
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Corpo docente: |
Ana Luísa Rebelo de Oliveira Pires Elisabete Maria Xavier Vieira Gomes |
Português
O programa desta UC tem como finalidade a articulação dos fundamentos teóricos da investigação em educação com as experiências concretas vivenciadas pelas estudantes durante os períodos de estágio em creche e em jardim-de-infância neste 2º Ciclo da formação de educadores de infância.
A orientação desta UC reitera aquela que foi defendida na UC Seminário e Investigação Educacional (3º ano da LEB), a saber, concebe as práticas educativas — incluídas aqui as práticas de investigação, enquanto ações sociais que decorrem nos contextos educativos —, enquanto práticas intencionais e como tal, são necessariamente concebidas como atividades que produzem saberes situados — temporal e espacialmente —, duplamente referenciados, no investigador e na situação em estudo. Terá continuidade com a UC Seminário de Investigação e de Projecto II, que será leccionada no 3º semestre do curso.
Por outro lado, a prática de investigação é concebida neste programa como uma praxis determinada pelos valores daquele que investiga, desde a escolha das questões a investigar, até à escolha da própria metodologia. Nesta perspetiva, a investigação educacional define ainda o seu propósito de conhecer atividades educativas que são realizadas de modo consciente e que, assim sendo, só poderão ser compreendidas tendo em conta o sentido e a intencionalidade que essas práticas têm para quem nelas participa, nos contextos em que desenvolve a sua investigação / intervenção.
Concomitantemente, este programa orienta-se pelo paradigma de investigação interpretativa em educação.
Com esta unidade curricular pretende-se que as estudantes desenvolvam modos de ver e compreender as situações e contextos educativos, que se distanciem do senso comum e da repetição acrítica das intervenções educativas estandardizadas.
Procura-se igualmente que as estudantes aprofundem e se apropriem das modalidades teórico metodológicas que presidem à investigação em educação, nomeadamente em educação de infância.
Pretende-se igualmente que as estudantes saibam delinear uma temática, e, no seu seio, sejam capazes de delimitar um tema transversal aos contextos de creche e de jardim-de-infância.
Pretende-se igualmente que as estudantes saibam delinear uma temática, e, no seu seio, sejam capazes de delimitar um tema transversal aos contextos de creche e de jardim-de-infância que fundamente o desenvolvimento de um trabalho de projeto de investigação.
Pretende-se ainda que as estudantes conheçam e saibam utilizar a metodologia de investigação em educação e alguns dos principais instrumentos de recolha e de análise da informação, respeitando princípios éticos fundamentais na investigação em contextos de educação.
Procura-se que as estudantes desenvolvam a capacidade de descrever e de interpretar de forma parcimoniosa, mas também crítica e reflexiva, os episódios educativos relacionados com uma determinada temática transversal aos contextos de creche e de jardim-de-infância, contribuindo assim para a sua aproximação à construção do conhecimento profissional inerente ao exercício da educação de infância.
Revisitação e aprofundamento:
3. 1- Questões epistemológicas da investigação educacional
Os valores e a investigação educacional.
O problema da objetividade.
A causalidade, a prescrição e a (re)invenção da intervenção pedagógica.
A investigação como componente da prática educativa.
Processos de investigação, processos de autoformação.
A ética na investigação em educação de infância.
3. 2- Questões de metodologia em investigação educacional.
O paradigma interpretativo da investigação educacional.
Abordagem qualitativa na investigação educacional.
A investigação-ação em diversos contextos educativos.
A investigação participativa com crianças
3.3- Métodos e procedimentos de recolha da informação
As entrevistas
Os inquéritos
Os diversos modelos de observação
A especificidade da recolha de dados com crianças
3.4- Métodos e procedimentos de análise da informação
A análise de conteúdo
A análise das produções gráficas
A análise das informações recolhidas com os modelos de observação
A análise documental
Os conteúdos programáticos incluem um conjunto de questionamentos epistemológicos da investigação educacional que visam permitir que os estudantes se distanciem do senso comum e da repetição acrítica das intervenções educativas, assim como das interpretações estandardizadas dos episódios e atos educativos. Por outro lado, e de forma consequente, a enunciação de um grupo de questões metodológicas fundamentais, constituem uma oportunidade para que as estudantes se apropriem das modalidades teórico metodológicas que presidem à investigação em educação. Por outro lado ainda, os conteúdos programáticos compreendem aspetos mais concretos da investigação educacional, ou seja, incidem em alguns dos principais métodos de recolha e de análise da informação, cujo conhecimento e capacidade de utilização por parte dos estudantes, constituem igualmente objetivos da UC.
As metodologias de ensino estão delineadas em torno das seguintes quatro vertentes, que se entrecruzam e complementam:
- as aulas teórico-práticas que comportam alternadamente momentos expositivos e momentos dialógicos, durante os quais os estudantes são convidados a expressarem as suas conceções relativamente a diversos objetos de estudo da UC e as confrontem com outras perspetivas sobre esses mesmos objetos; pretende-se ainda que, durante estas aulas ou na sua sequência, os estudantes leiam, analisem e discutam os textos de apoio apresentados e que participem na discussão das questões em análise;
- as aulas dedicadas à exposição e discussão do desenvolvimento do projeto de cada estudante em três fases da sua construção;
- o acompanhamento tutorial que tem como finalidades o apoio e a orientação dos estudantes ao longo da desenvolvimento da UC na realização do trabalho de projeto, esclarecer questões e dúvidas, prestar aconselhamento e informações; o acompanhamento será feito quer de uma forma presencial, quer a distância;
- a realização dos trabalhos previstos, que convergem para a conceção de um projeto de investigação-ação concebido em contexto real de prática.
As aulas expositivas pretendem criar condições para que os estudantes façam uma primeira aproximação quer a questões epistemológicas de investigação, quer à construção de conhecimento em situações educativas, quer ainda para que desenvolvam conhecimentos relativos à metodologia de investigação em educação e a algumas das principais técnicas utilizadas em investigação educacional.
As aulas dedicadas à exposição dos pontos de situação do desenvolvimento do projeto de cada estudante; estas aulas constituem um espaço privilegiado para que as estudantes aprendam a delinear uma temática, e, no seu seio, sejam capazes de delimitar um tema transversal aos contextos de creche e de jardim-de-infância.
As aulas expositivas pretendem criar condições para que os estudantes façam uma primeira aproximação quer a questões epistemológicas de investigação, quer à construção de conhecimento em situações educativas, quer ainda para que desenvolvam conhecimentos relativos à metodologia de investigação em educação e a algumas das principais técnicas utilizadas em investigação educacional.
As aulas dedicadas à exposição dos pontos de situação do desenvolvimento do projeto de cada estudante; estas aulas constituem um espaço privilegiado para que as estudantes aprendam a delinear uma temática, e, no seu seio, sejam capazes de delimitar um tema transversal aos contextos de creche e de jardim-de-infância.
Em última instância, todos dispositivos enunciados no ponto anterior (metodologias de ensino) são mobilizados em função da finalidade última da UC: o desenvolvimento do trabalho de projeto que explorará um tema transversal à educação de infância (creche e jardim-de-infância), e para o qual contribuem as sessões prático teóricas, a orientação tutória e o trabalho de terreno realizado em articulação com as UC’s Estágio em Creche e Jardim-de-Infância.
Na UC existem duas formas de avaliação: avaliação contínua e avaliação final.
Avaliação contínua:
Delineamento de um trabalho de projeto, articulado com o trabalho de terreno desenvolvido nas creches e jardim-de-infância em que realizam o Estágios em Creche e Jardim-de-Infância. Este trabalho constitui o eixo em torno do qual os estudantes constroem os seus relatórios de estágio.
Este trabalho deverá refletir a experiência e os saberes adquiridos pelos estudantes, traduzidos num discurso coerente, pertinente e teoricamente fundamentado.
Este trabalho é desenvolvido ao longo do ano e compreende as seguintes produções obrigatórias:
a) Identificação do tema, enunciação das motivações e formulação da questão de investigação-ação. Data de envio do trabalho por correio eletrónico: 29 novembro de 2021. Percentagem na classificação final da UC: 20 %.
b) Metodologia. Data de envio do trabalho por correio eletrónico: 2 fevereiro de 2022. Percentagem final na classificação final da UC: 40 %.
c) Fundamentação teórica. Data de envio do trabalho por correio eletrónico: maio de 2022 (em dia a determinar). Percentagem na classificação final da UC: 30 %.
Um documento orientará a elaboração de cada um destes produtos.
Periodicamente, ao longo do semestre e durante as aulas que funcionarão segundo a modalidade de seminário, as estudantes farão o ponto de situação do desenvolvimento dos seus trabalhos. Peso na avaliação: 10%.
Avaliação final: os estudantes podem inscrever-se no exame, mas apenas para melhorar/ discutir os produtos entregues.
Bibliografia principal:
Almeida, J.-C. (2001). Em defesa da investigação-acção. Sociologia, Nov. 2001, no.37, p.175-176. ISSN 0873-6529.
Alves, M., & Azevedo, N. (2010) (org.) Investigar em Educação, Desafios da construção de conhecimento e da formação de investigadores num campo multi-referenciado. Lisboa: UIED.
Amado, J. (2017). Manual de investigação qualitativa em educação. Coimbra: Universidade de Coimbra.
Ambrósio, T. (2001). Educação e Desenvolvimento – Contributo para uma mudança reflexiva da Educação. Lisboa: UIED.
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Barbier, R. (1985). A pesquisa-ação na Instituição Educativa. Rio de Janeiro: Zahar Editores.
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Carmo, Hermano e Ferreira, Manuela (1998) Metodologia da Investigação – Guia para Auto-aprendizagem. Lisboa: Universidade Aberta.
Graue, E. & Wals, D. (2003) Investigação Etnográfica com crianças: Teorias, Métodos e Ética. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
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Silva, A. e Madureira, J. (orgs.). (1986). Metodologia das Ciências Sociais. Lisboa: Edições Afrontamento.
Silva, M. I. (2013) Prática Educativa, Teoria e Investigação. Interações nº 2, 27, pp. 283-304.
Silva, M. I. (2005). Projetos e aprendizagens. Comunicação apresentada no 2º Encontro de Educadores de Infância e Professores do 1º ciclo. Porto: Areal
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Spodek, B. (Org.), (2002). Manual de Investigação em Educação de Infância. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Webgrafia
http://primeirosanos.iscte-iul.pt/ - um blogue sobre educação de infância baseado em investigação
https://www.eecera.org/# - site da European Early Childhood Educational Research Association
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